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Término das contratações temporárias impacta na desocupação do primeiro trimestre de 2020

Atualizado em 07 maio, 2020

A taxa de desocupação ficou em 12,2% entre fevereiro e março, crescimento de 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, conforme a PNAD Contínua, divulgada pelo IBGE na quinta-feira (30). O Brasil tem cerca de 12,9 milhões desempregadas, um aumento absoluto de 1,2 milhão de pessoas nestas condições.

O resultado está abaixo das expectativas do mercado, que esperava uma taxa em torno de 12,5%. Nos últimos três anos, o impacto da sazonalidade ficou mais evidente, com o aumento da desocupação devido ao término das contratações temporárias para as festas de fim de ano e temporada de verão.

“Grande parte desses resultados negativos é observado proporcionalmente nos anos anteriores, com exceção da população fora da força de trabalho, que chegou a um nível recorde de 67,28 milhões de pessoas, um crescimento de 2,83% de março em relação a fevereiro”, comenta o presidente da Fecomércio SC, Bruno Breithaupt.

A queda no emprego ocorreu em praticamente todos os setores e posições, assim como em vagas formais e informais. A informalidade reduziu ligeiramente para 39,9% e a taxa de subutilização da força de trabalho subiu 1,4 p.p., atingindo 24,4%.

O rendimento médio habitual (R$ 2.398,00) das pessoas ocupadas cresceu 1,1%, o que indica estabilidade, ainda assim a massa de rendimento como um todo caiu 1,3%, significando que a desocupação atingiu de maneira mais acentuada as faixas de renda abaixo da média.

Os efeitos da crise relacionada à pandemia de COVID-19 devem ser observados a partir do próximo mês. Parte da pesquisa foi realizada por telefone e internet após a suspensão da coleta presencial em 18 de março devido a emergência de saúde pública relacionada ao novo coronavírus. A taxa de respostas à PNAD Contínua, que se situava em média na faixa dos 90%, caiu para 60% e representa um sério risco e grande desafio para as pesquisas futuras do IBGE.

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