MERCADO

Santa Catarina supera perdas do varejo ampliado no acumulado do ano

Atualizado em 12 novembro, 2020

O volume de vendas do varejo brasileiro cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro, a quinta alta consecutiva do setor, conforme a Pesquisa Mensal do Comércio, divulgada na quarta-feira (11) pelo IBGE. O cenário, no entanto, é diferente da maioria dos estados: 14 dos 26 registraram retração, entre eles, Santa Catarina (-1,4%).

Santa Catarina já cobriu as perdas do varejo ampliado, que incluiu vendas de automóveis e matéria de construção, no acumulado de janeiro a setembro, superando em 1,2% o mesmo período do ano passado, enquanto o país ainda apresenta retração de 3,6%. Na comparação com o mês anterior, o desempenho também foi positivo, com alta de 1,2% no país e 0,7% em SC, puxado principalmente pelas vendas de veículos e motos, partes e peças, após meses de desempenho negativo, e de materiais de construção, que já se encontram em patamar positivo no acumulado do ano desde julho.

Apesar da retração no varejo restrito, Santa Catarina, Rio Grande do Norte e Roraima foram os únicos estados que continuaram a apresentar crescimento no ampliado, enquanto outros 13 estados ainda têm variação negativa.

As vendas de móveis e eletrodomésticos continuaram a crescer ao nível nacional e estadual, ampliando os ganhos em volume e receita. O grupamento de atividades de livros, jornais, revistas e papelaria também demonstrou reação, sendo o segundo grupo mais afetado no país e estado. Entretanto, houve também uma desaceleração significativa no crescimento do volume de vendas do setor de vestuário, após recuperação expressiva em agosto. Ainda assim, no acumulado do ano, a queda em SC é três vezes menor do que no agregado nacional.

Impacto do auxílio Emergencial

Ao analisar os estados mais afetados, percebe-se uma correlação bastante significativa com a proporção de domicílios que receberam o Auxílio Emergencial, divulgada pela PNAD Covid-19 referente a Setembro, e uma maior queda no volume de vendas.

Considerando que setembro foi o primeiro mês da redução de 50% no valor do Auxílio Emergencial, é possível que essa tendência se agrave nos estados mais vulneráveis, especialmente na ausência ou insuficiência de uma retomada no mercado de trabalho.

Santa Catarina, por outro lado, é o estado com o menor uso do auxílio emergencial, de maneira que sua dinâmica negativa pode ser explicada também por outros fatores, ainda que seja possível analisar o impacto, de menor monta, da redução do auxílio emergencial principalmente na estagnação do volume de vendas dos supermercados e hipermercados, por exemplo.

Mercado de trabalho

A recuperação no mercado de trabalho em setembro acelerou e teve o melhor desempenho desde o início da crise, seguindo a tendência de retomada mais intensa da atividade econômica observada nos meses anteriores, de maneira que já recuperou em Santa Catarina, entre junho e setembro, 55,4% das vagas perdidas entre março e maio, enquanto essa proporção foi de 42,8% ao nível nacional.

Com a redução dos estímulos emergenciais, a dinâmica sustentada do comércio se torna diretamente dependente da recuperação do mercado de trabalho, das condições de crédito para consumo e das intenções de consumo, que se encontram ainda em retração no estado, segundo a pesquisa ICF da CNC.

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