ECONOMIA

Volume de vendas do comércio acelera em julho e tem melhor resultado para o mês em SC

Atualizado em 10 setembro, 2021

O comércio catarinense teve a maior variação no volume de vendas para o mês de julho, na comparação com o mês anterior, desde o início da série histórica. Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta sexta-feira (10) pelo IBGE, o avanço foi de 12,5% em relação a junho- o segundo maior resultado entre as unidades da federação, abaixo apenas de Rondônia (17,5%) e muito superior ao nível nacional (1,2%). Em SC, a alta foi de 5,4% de janeiro a julho e de 6,7% no acumulado de 12 meses. No Brasil, o avanço foi de 6,6% e de 5,9%, respectivamente.

O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, também cresceu 6,7% na passagem do mês- o maior resultado dentre os Estados.  No acumulado de 2021, cresceu 14,9%, acima do resultado nacional (11,4%); em 12 meses, registrou alta de 11,7%, diante dos 8,4% no país.

“A recuperação acontece de maneira desigual nos segmentos. Em 2021, a retomada das atividades econômicas começou a impulsionar segmentos que tinham encerraram o ano passado em queda. Porém, muitos daqueles que lideram as vendas em 2020 começam a apresentar sinais de redução”, pondera o vice-presidente da Fecomércio SC, Emílio Rossmark Schramm.

Comportamento nos segmentos

  • O segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo encerrou o mês com redução de 2,2% frente a igual período do ano anterior. Após crescer 14,2% em 2020,  o setor apresenta movimento de queda desde fevereiro, resultando em recuo de 1,9% no ano. Essa mudança pode ser resultante do avanço da imunização, que possibilitou a redução do isolamento social e a maior demanda pelos serviços de alimentação fora do domicílio. Além disso, pesa o aumento dos preços de alimentos e bebidas, que reduz o poder de compra dos consumidores e por consequência o volume de vendas. Já a receita nominal avançou 11,7% no acumulado do ano, reflexo do aumento dos preços dos alimentos.
  • O segmento de Móveis e Eletrodomésticos e Material de Construção também reduziu o volume de vendas frente a julho de 2020 em 7,5% e 3,5%, respectivamente. Apesar da queda, ambos permanecem com ganhos no acumulado do ano  de 1,9% e 18,7%. O resultado negativo para o setor interrompeu movimento positivo registrado desde abril de 2020 na comparação com o mesmo mês do ano anterior.
  • Os setores de Tecidos, Vestuário e Calçados e Veículos, motocicletas, partes e peças  seguem em tendência positiva, com alta de 10,4% e 37,8% no comparativo com julho de 2020. No comparativo anual, os segmentos são destaque na retomada dentre os principais grupos de atividades da pesquisa, com alta de 21,6% e de 37,8%. O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, dentre outros, desponta na liderança em 2021 com alta de 41,3%.
  • Já o setor de Combustíveis e lubrificantes atinge o 5º mês seguido de taxas positivas (11,5%) para o indicador interanual, diante do mesmo mês do ano anterior. Entretanto, o movimento não é suficiente para reverter a queda de 0,9% para o acumulado de 12 meses.
  • O setor de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos avança pelo 14º mês sucessivo com alta de 10,8% no comparativo com igual período do ano anterior. O setor lidera o crescimento das vendas (23,6%) dentre os agrupamentos de pesquisa, em 12 meses.
  • A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria e  segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação são os mais afetados pela crise e seguem com redução forte no acumulado do ano de 15,7% e 24,0%, respectivamente. Embora acumulam perdas, os segmentos apresentaram variação positiva diante do julho de 2020 de 40,9% e 12,9%.

Confira a movimentação, panorama e evolução dos segmentos:

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