MERCADO

Confira a retrospectiva 2018 e a expectativa 2019 da Fecomércio SC

Atualizado em 27 maio, 2019

O ano em que a Federação completou sete décadas foi marcado por forte articulação política e legislativa, ações sistemáticas para potencializar o turismo e agenda internacional, além de desafios políticos e econômicos.

Principais ações em 2018:

– Posição firme diante do possível aumento da carga tributária com a MP 220, que desonerava a indústria, mas repassava os custos para o comércio. A medida foi derrubada na Alesc e depois renegociada por decreto para recompor as perdas do setor atacadista.

Carta do Comércio SC– a Federação levantou com empresários os principais entraves para a competitividade em 2019. A infraestrutura e o sistema tributário receberam as piores avaliações e devem estar entre principais desafios do próximo governo estadual.

– Turismo: a entidade promoveu o ciclo de encontros Turismo em Movimento em 12 cidades para mapear os problemas e oportunidades nas regiões turísticas; realizou o Approach Mykonos, aproximando empresários gregos do trade turístico catarinense; lançou o Observatório da Gastronomia, que compilará indicadores, produção acadêmica e dados do setor.

– Relações bilaterais: promoveu rodadas de  negócios com Argentina, República Tcheca e Grécia. Entre as missões empresariais, participou da Missão NY, Panamá, Dinamarca, República Tcheca e Alemanha.

Reforma Trabalhista: ao longo de 2018 foram realizados diversos eventos, conduzidos por especialistas em direito trabalhista e autoridades no assunto, para orientar o setor representado pela Federação sobre as mudanças nas relações de trabalho com a nova legislação.

Indicadores econômicos

– Comércio: O volume de vendas no varejo cresceu 9,1% em outubro, no acumulado em 12 meses (este foi o primeiro resultado abaixo de 10% após 12 meses consecutivos), segundo Pesquisa Mensal do Comércio (PMC). A receita (11,4%) segue na mesma rota. São 13 meses consecutivos acima dos 10%. O setor manterá a tendência de recuperação em 2019, na medida em que a renda voltar a subir e o desemprego reduzir.

Veja como foi o desempenho do varejo no ano

– Serviços: O volume de Serviços registrou em outubro (1,3%) o melhor resultado desde 2015 em SC, no acumulado de 12 meses. O setor está com resultado negativo (-0,2%) no Brasil desde maio de 2015, porém, os dados sinalizam para a desaceleração da queda. Os serviços demoram mais para se recuperar já os maiores demandantes do setor são o Governo e a indústria, que só recentemente começou a apresentar bons resultados.

 Leia mais sobre o setor

– O desemprego em SC chegou a 6,2%, mesmo patamar dos anos anteriores (2017: 6,3 % e 2016: 6,2%). O saldo líquido de vagas no Estado quase dobrou de 2017 para 2018. O comércio abriu 6.669 de janeiro a novembro (de janeiro a dezembro de 2017 foram 4.708 vagas) e o setor de serviços respondeu por 30.756, o dobro de 2017(14.784).

Confira os índices do emprego

– O estado ficou em 2ª lugar na abertura de lojas no primeiro semestre de 2018, com saldo de 852 novos estabelecimentos. Em 2017 foi o único Estado a fechar o ano com resultados positivos.

–  A temporada 2018/2019 promete movimentar a economia em SC. Com a retomada da confiança, mais vagas de emprego e aumento no poder de compra, os brasileiros devem vir em peso para o Litoral de SC.

Expectativa para 2019

É a combinação de distribuição de renda mais equitativa, menor índice de desemprego e diversificação econômica que segurou Santa Catarina durante os anos mais duros de recessão. Para o presidente da Federação, Bruno Breithaupt, embora o Estado tenha muitos indicadores acima das médias nacionais, o cenário daqui não descola do brasileiro.

“A retomada mais consistente depende da aprovação de reformas que impactam na redução dos juros, como a da Previdência, e geram emprego e renda, como a Tributária, que acabou de ser aprovada na Câmara” aponta.

Para a entidade, a Tributária é indispensável para a retomada do crescimento econômico, visto que a maneira como se arrecada impostos no Brasil é burocrática e onerosa, além de induzir a perda de competitividade, e a reforma da Previdência deve ser o principal elemento de contenção do crescimento do desequilíbrio das contas públicas, já que o Regime Geral atingiu em 2017 um déficit de R$ 270 bilhões.

BLOG: O que esperar do futuro ministro da Economia

“Em Santa Catarina, o novo governador também precisará de eficiência. A dívida pública ultrapassa os R$ 19 bilhões, que corresponde a quase 90% da arrecadação no Estado”, finaliza.

Leia outras opiniões no Fala, presidente! 

 

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